plantas epífitas
Algumas plantas conseguem viver sobre outras sem retirar delas nenhum nutriente e, consequentemente, não lhe causar nenhum dano. Essas plantas, conhecidas como epífitas (epi = em cima; fito = planta), destacam-se por utilizar outro vegetal como suporte em pelo menos um estágio de sua vida sem retirar dele nenhuma substância.
O grupo de angiospermas que mais apresenta plantas epífitas é o das monocotiledôneas, com destaque para a família Orchidaceae (orquídeas) e Bromeliaceae (bromélias). Além das angiospermas, as pteridófitas também possuem grande número de representantes com hábito epífito, como é o caso das samambaias.
Apesar de não retirar nenhum nutriente da planta na qual se fixa (forófito), uma espécie epífita beneficia-se dessa relação. Essa relação ecológica, conhecida como comensalismo, permite que a planta tenha mais acesso à luminosidade ao utilizar a outra como apoio, o que aumenta sua taxa fotossintética. Em um ambiente de floresta, por exemplo, as plantas próximas ao solo possuem pouco acesso à luz, daí a importância do epifitismo.
Para se fixar em outro vegetal, as plantas epífitas apresentam algumas importantes adaptações morfológicas, fisiológicas, anatômicas e até mesmo ecológicas. Entre as principais adaptações, podemos citar raízes aéreas que absorvem água e nutrientes, órgãos, além da folha, capazes de realizar fotossíntese, presença de tecidos que acumulam água (tecidos aquíferos), tricomas que ajudam na captação de água e associação com formigas – quando a planta fornece abrigo, e os animais, nutrientes provenientes das excretas e dejetos dos formigueiros.
As plantas epífitas também apresentam papel ecológico, sendo essenciais no fornecimento de alimento e água para espécies que vivem nas partes altas da floresta, além de proporcionarem material para a confecção dos ninhos. Essas espécies também atuam na ciclagem de minerais e na produtividade primária.
Atenção: Muitos autores consideram a relação entre as plantas epífitas e o forófito um exemplo de inquilinismo. Outros autores, no entanto, consideram o inquilinismo um tipo de comensalismo.
Comentários
Postar um comentário